Câmara Municipal de Caruaru

osé Carlos Florêncio nasceu na casa nº. 73 da Rua do Norte, no dia 24 de julho do ano de 1908. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1942. Ainda na infância, fundou o seu primeiro jornal. No Externato Nossa Senhora do Carmo, juntamente com Ewandro di Carvalho, de 1915 a 1917, entre os 7 e 9 anos de idade, foi o responsável pela fundação do Jornal “O Amiguinho”, que nos seus quadros recebia, entre outras, a colaboração de José Florêncio Neto (Machadinho) e Álvaro Lins.
Foi um dos organizadores do Clube Intermunicipal, membro da sua primeira Diretoria, e do Rotary Clube de Caruaru, do qual foi o seu primeiro diretor do protocolo. No Central Sport Clube foi orador várias vezes, oficial e secretário. Ocupou no Estado, os cargos de Inspetor de Ensino do Colégio Sagrado Coração e Promotor Público Interino de Caruaru.
Foi fiel a três coisas na vida: à Vanguarda, à política dos Pontes Vieira, especialmente ao ex- deputado federal José de Pontes Vieira, alma irmã em ideais, aspirações e boemia, e ao amor imensurável aos seus filhos e à sua terra.
De conversas, varando madrugadas, com o seu primo escritor Limeira Tejo, ficou a idéia, acalentada desde os tempos de criança, da criação de um jornal. E ele o fez em 1º de maio de 1932. Os primeiros números de Vanguarda, vendidos ao preço de vinte mil réis. Estava realizado o sonho de uma vida. Veja o que ele dizia em 1º de maio de 1936:
O Jornalista Dentro de Vanguarda fez de tudo. Até crônica social… Sob o pseudônimo de “RONALD” escrevia a crônica semanal “SUTILESAS” onde pontificavam frases como estas: “Ela é um enigma… Raramente a gente pode admirar essa garota que tem o porte elegante das lindas princesas das histórias de fadas que a gente gosta tanto de ouvir contar no tempo de criança”. Ou esta outra: “É que a garota por onda passa, seus olhos negros e mágicos, vão derramando chispas de fogo, fazendo com que a gente fique num fascínio constante de alucinação, sem saber como essa menina vivaz soube prender tanto…”
Foi polemista político. Quase sempre, ele que era mais do amor e da boemia, comprava brigas alheias por causa do PSD e é dele o trecho de uma delas: “Você arrastou um filho de Caruaru que tem feito alguma coisa por sua terra, a uma situação de luta, pois bem seria feito que esse caruaruense se deixasse emaranhar pela vileza de um forasteiro”.

O jovem José Carlos Florêncio, então com vinte anos, se inspirou em um periódico carioca para escolher o nome. O acervo material e anúncios foram adquiridos de “O Pororoca” um jornal irreverente e humorístico. Após a venda das oficinas de “O Pororoca”, O Vanguarda passou a ser impresso nas oficinas do “Jornal de Caruaru” que já não circulava mais, tempos depois José Carlos Florêncio comprou as máquinas ,assim o jornal passou a ter suas próprias oficinas.
Com o desenvolvimento do jornalismo em Caruaru, houve a necessidade de novos investimentos, José Carlos adquiriu a tipografia “A Primavera” que possuía entre os equipamentos um prelo “Jesus” que imprimia duas páginas de uma só vez,um avanço para a época. ose Carlos Florencio was born in box. 73 North Street, on 24 July 1908. He graduated in Law from the Recife Law School in 1942. As a child he founded his first newspaper. In Externato Our Lady of Mount Carmel, along with Ewandro di Carvalho, from 1915 to 1917, between 7 and 9 years old, was responsible for the Journal of the foundation "The Little Friend," which in his paintings received, among others, collaboration Jose Florencio Neto (Machadinho) and Alvaro Lins.
It was one of the organizers of the Inter Club, a member of its first Board, and the Rotary Club of Caruaru, which was the first director of the Protocol. In the Central Sport Club was speaker several times, officer and secretary. Held in the state, the positions of the College of Education inspector Sacred Heart and Acting District Attorney of Caruaru.
Was faithful to three things in life: to Vanguard, the Bridges of Vieira policy, especially the former Congressman Joseph Bridges Vieira, soul sister in ideals, aspirations and bohemian, and the immeasurable love to their children and to their land.
Conversations, piercing dawn, with his cousin writer Limeira Tejo, was the idea, cherished since childhood days, creating a newspaper. And he did it on May 1, 1932. The first issues of Vanguard, sold at a price of twenty thousand reis. Was realized the dream of a lifetime. Here's what he said on May 1, 1936:
The Journalist Within Vanguard did everything. To chronic social ... Under the pseudonym "RONALD" wrote the weekly column "SUTILESAS" pontificated where phrases like these: "It is a puzzle ... Rarely we can admire this girl who has the elegant bearing of beautiful princesses of fairy stories we like to hear both tell the child of time. " Or this other: "Is that the girl by wave passes, and his black magic eyes will shed sparks of fire, causing us to be in a constant fascination hallucination, not knowing how this vivacious girl knew hold as much ..."
It was political polemicist. Almost always, it was more that of love and bohemia, bought others fights because of the PSD and it is the words of one of them: "You dragged a child of Caruaru who has done something for his country, to a situation of struggle , well done would be that if he left caruaruense entangle the vileness of a stranger. "
 
The young José Carlos Florencio, then twenty, was inspired by a Carioca journal to choose the name. The material collection and ads were purchased from "The Pororoca" an irreverent and humorous newspaper. After the sale of the workshops of "The Pororoca," The Vanguard began to be printed in the workshops of the "Journal of Caruaru" no longer circulated more times after José Carlos Florencio bought the machines, so the paper went on to have their own workshops.
With the development of journalism in Caruaru, there was the need for new investments, José Carlos acquired typography "Spring" that had the equipment between one press "Jesus" that printed two pages at once, an advance for the time.